
Na indecisão de quem não consegue deixar para traz coisas paradas, fiquei no lugar reservado aos catadores de vento --- e na avenida 23 de Maio o vento morno e esfumaçado dava um enjôo nervoso.
O teatro da TV Record tão perto e eu tão longe do desapego a um carro que me fazia velho, enquanto o mundo novo subia ao palco.
Aos vinte e poucos anos senti que minha vez e hora jamais chegariam se não me largasse de mim e sem lenço, sem documento, me atirasse na Roda Viva de um Domingo no Parque e que no meu desalento houvesse um Ponteio de Alegria, Alegria.
Deixei o Dauphine na avenida, mas cheguei tarde e perdi Uma Noite em 67. Mas, juro que não perco mais. Não tenho mais o Dauphine Azul (uma informação exclusiva para meu amigo Edgard Soares). Também não tenho as mesmas noites. Por isso mesmo é que vou ver o filme de Renato Terra e Ricardo Calil, que faz renascer das cinzas de todos os cigarros da Década de 60 quem é Fenix em nossa MPB.
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