sexta-feira, 13 de agosto de 2010

UM JOVEM NO AR

UMA MENSAGEM DO JOVEM RAFAEL PÁSSARO, QUE APALPA O AR COMO TANTOS OUTROS, NESTES TEMPOS DE VENTOS UIVANTES:
" Enfim, decidi responder tantas perguntas sem ter que ficar em Control C ou Control V.
Respondo a mim mesmo, a mais ninguém, sem precisar mentir nem dizer coisas que um dia sonhei. E muito menos pra essa gente que achei que valesse a pena. Acima de tudo, não preciso mais fechar a cara nem empinar o nariz como essa nossa pobre sociedade faz.
Enfim, eu respondo a mim mesmo e as coisas que falo --- embora sejam difíceis de entender --- são duras verdades dessa vida que ficou cega pelo dinheiro, bens materiais e pelo poder do "eu quero".
A chatice de uma crítica sobre o Mundo, as palavras ignoradas, o saco de aguentar textos de um Zé Ninguém, tudo é apenas só o adiamento do que se torna visível todo dia, ou seja, a rotina bitolada do vai-e-vem casa e trabalho.
Viver na bolha do "Não" esperando encontrar um dia a história de um filme americano clichê. Chega. E chega também das compras desnecessárias, das comidas-lixo, dessas pessoas do bloco "Eu Sou mais Eu", que vivem seus dias e noites à espera do envelhecimento.
Chega dessa beleza artificial dos cabelos loiros, da academia, dessa vaidade vazia e preguiçosa, sem graça e sem surpresa, e onde tudo é descartável, inclusive o repeito humano.
O lamento é um meio de protesto silencioso do amor que se perdeu.
Mas, eu prefiro o cavalheirismo e a breve sutileza de amar a saudade.
Porque o mundo anda perdido nas mesmices e não perdoa nem aqueles olhos que ainda tentam se encontrar, mas temem a mudança.
Agora, eu sei as respostas. Mas, não conto a ninguém. Eu vou só, com fé e coragem.

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