quarta-feira, 10 de junho de 2009

NOITES DE DOMINGO

É um vazio doído.
Dói assim do nada.
E, se não me engano, sempre dói nas noites de domingo, entre vastas sombras de prédios desacordados, quase mortos.
Que bom seria um canto de bem-te-vi.
Mas, não existem bem-te-vis sob as sombras pesadas que caem e amassam passarinhos e amassam as flores que brinquei de ver na manhã do mesmo domingo em que descobri que a dor é uma noite.
(Do livro Sob as Sombras do Bem e do Mal, de Miguel Arcanjo Terra)


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