A revelação dos anjos e demônios de nossa alma e seu confronto eterno tiveram na Grécia Antiga suas primeiras representações e seus primeiros palcos.
Das mesmas ruas onde passam dores e amores desde sempre, nasceram as tragédias de Sófocles, Eurípedes, Ésquilo, a comédia de Aristófanes.
O Teatro é a busca solitária e, às vezes, desesperada da dignidade humana, um tênue fio de esperança diante da loucura do poder e de outras loucuras dos poltrões.
Longe dos campos de batalha e da grande farsa que é a moral, os guerreiros do palco têm como bandeira uma cortina que se abre para que nossa consciência desperte enfim. Eles sobrevivem por milagre e talvez sejam os últimos quando as cortinas se fecharem. Mas, assim mesmo as reabrirão, com a última esperança que sempre tiveram.
(Uma homenagem a Ligia Cortez e seus jovens guerreiros na peça "Xandu Quaresma", apresentada no Célia Helena. E eu vi tanta gente linda. Mayara eu vi.)
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